domingo, 22 de julho de 2012

não chores

O choro tem habitado e desabitado a minha vida num vai-vem frenético. Em pequenita ,não me ouviam, fui para a "escola dos crescidos" abri a torneira e assim continuou até ao meu lindo 7º ano... Desde aí parou. Sempre vi essa ausência de lágrimas com desconfiança, aquilo que sentia era forte, mas parecia não ser essa a imagem que reflectia no espelho, sempre com a minha expressão fria, sem transmitir emoção.
 Hoje, tantos anos depois, o meu choro regressa em força. Apetece-me tanto chorar. É um exercício de libertação do espírito e ao mesmo tempo um mergulhar na angústia. Talvez não deva chorar, posso sempre tentar sorrir e deixar o choro para o outra altura se ele me deixar.  É a vida que me tem feito chorar, umas vezes de tristeza, outras de alegria, agora de saudade. Saudade da minha vida, saudade da minha personalidade, saudade de nós, saudade dos tempos passados, saudade de poder fumar um maço de cigarros num dia e beber sem parar, sem me preocupar comigo. Agora preocupo-me demasiado, com tudo.

Até amanhã,
te echo de menos...

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